Processo e Plaina de Cabeçote

Com a função maior de ser a tampa superior do motor responsável por permitir a entrada da mistura carburante, assim como a sua saída, o cabeçote está sujeito a uma série de ataques em sua estrutura e por conseqüência sua interrupção de trabalho.

A temperatura é um dos maiores problemas que o cabeçote enfrenta seu funcionamento. Os ciclos intermitentes das explosões acumulam alta temperatura em sua massa e quando esta atinge determinado valor, em torno de 500° C começa a ocorrer o que se chama de agitação molecular. Os átomos de Alumínio (Al), por exemplo, começam a se expandirem até o ponto que ocorra a deformação do material ou ruptura da estrutura cristalina do mesmo. Daí por diante acontece o que comumente chamamos de empenamento.

A parte inferior do cabeçote, plana, onde encontramos as sedes de válvulas se deforma, é ai que entra o processo de retífica. Uma máquina industrial, constituída de uma mesa móvel e um fuso com rebolo é a responsável por retificar o cabeçote até que o mesmo se constitua de uma planicidade adequada.

Cabeçote na retifica, sendo preparado para plainar

Cabeçote depois da plaina

Para se poder realizar esta função o cabeçote dispõe de uma tolerância, ou sobra de material. Ao realizar o processo de retífica o rebolo vai avançando em toda a superfície tirando material do cabeçote até que o empenamento desapareça. Se a altura mínima do cabeçote, estipulada pelo fabricante, seja alcançada o cabeçote estará condenado.